Audio Fiction Dot C O Dot U K
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FACES DO HERÓI



Single-voiced Multigenre Anthology Audio Book


Synopsis:

Em algum lugar entre dimensões um humano cria histórias de um universo em construção. Com sua voz e efeitos sonoros ele tenta guiar heróis através dos trilhos da imaginação em busca de novas experiências. O faces do herói é um podcast de contos originais sonorizados.


Format: Audio Book

Continuity: Anthology

Voices: Single

Genres: Multigenre

Completion status: NA

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Episodes:

MARMITA

Mon, 08 Aug 2022 02:19:10 GMT

Leia a história em texto aqui: 

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Sinopse:

Você sabia que todos os dias pessoas tem suas marmitas roubadas por colegas de trabalho? Não...pois é, as vezes roubam só a mistura ou a marmita toda...mas deixar bilhete agradecendo é sacanagem....

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O PRECIOSO ALVO

Sun, 20 Feb 2022 19:37:27 GMT

Leia a história em texto aqui: 

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Sinopse: 

Em junho de 2001 Jeff The Killer percebeu que ser um assassino anônimo não é o suficiente e decidiu que o mundo deveia conhecê-lo, para isso ele pretende tirar a vida de Dante Maveluz, um renomado diplomata e empresário. O que acontece quando o assassino descobre sua verdadeira vocação? O que fazer com os concorrentes que cruzarem seu caminho? E, por fim, e se o universo no qual se encontra for muito maior do que o que ele imaginava?  Ache a resposta para essas e outras questões nesse audiobook dividido em 3 partes:


19/06/2001 - SORRISO VERDADEIRO

25/06/2001 - CONCORRÊNCIA

26/06/2001 - O TERROR DOS TERRORES


ELENCO: 

Urias Machado Santos -  Policial ao telefone
Gustavo Gonçalves Queiroz - Garçom do bar
Dayane Oliveira - Esposa de Jeovan/ Jornalista na televisão
Mariana Gonçalves - Yvone
Vitória Huvos- S.A.R.A
Lucas Pereira da Silva -  Dante, Jeovan, Jeff, Rougue, Slender


Músicas usadas:

Apocryphos, Kammarheit, Atrium Carceri - The Dead Fire  

Soft Piano Music · Relaxing Piano Music

Sweet dreams myuu

Sacrifice Lucas King 

Outsider-lucas king

Bruno e Marrone - vida vazia


O PRECIOSO ALVO Duração 1H:15 min (2022)

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A ÚLTIMA DANÇA

Sun, 07 Jun 2020 17:14:52 GMT

Sinopse: 

31/12/1999

O investigador sem face conhecido apenas pelo pseudônimo "JOW" está para deflagrar uma grande operação de captura em uma boate, os últimos detalhes externos estão sendo conferidos por sua aliada de ocasião Luna, uma criminosa procurada por toda a Eurásia e especialista em toxinas. Porém, quando a vingança clama, até mesmo uma simples missão de extração pode se tornar algo muito mais perigoso, violento e pessoal.


Para ler na íntegra o texto acesse meu wattpad: 

A última dança




Musicas usadas :

Hikarus - acceptance 

Alice Cooper - Poison (DJ Gollum Electro-Remix)

Amadeus Enigma

Cascada: Everytime We Touch (Sound Rush Remix)



Um agradecimento especial ao meu amigo Jeff (hikarus) por ter gentilmente cedido parte de sua música para uso nesse episódio. Vão lá no soundcloud e procurem pelas músicas dele que são incríveis!



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UNIVERSOS NA ESTANTE

Sat, 09 May 2020 03:23:45 GMT

Sinopse: "Em universos na estante" uma jovem está a espera de sua mãe para comemorar seus dezoito anos de idade, só que, alem da maioridade, ela deverá encarar uma nova realidade: a que não deu o devido valor quando teve a chace. 



Esta é a primeira história da temporada, espero que gostem.

Caso queira interagir comigo me chama no Twitter @lcsmestre. 

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Enigma

Sun, 26 Apr 2020 17:28:01 GMT

A vida triste e cansada nada mais poderia lhe oferecer do que uma rotina sem sal onde tudo tende a se repetir na segunda feira seguinte. A mente dessa pessoa sempre sentiu uma inquietação, algo como uma coceira em alguma parte do corpo que, por mais que coçasse, jamais seria saciada. Era esse eterno calafrio que o fazia buscar conhecimento de todas as maneiras que sua mente conseguisse assimilar. No início eram as notícias, mas ele logo viu que elas não lhe proporcionavam a realidade do seu entorno. Ele precisava de algo que não temesse falar o que ele procurava. Depois foram os boatos, conversas de pessoas a sua volta e mais ao longe. Ouviu pessoas de todos os cantos do mundo e com isso ele chegou a uma conclusão primária, uma verdade que todos sabiam que existia, mas que ninguém sozinho tinha a coragem de assumir. "Eles existem!" Com a verdade em sua mente ele passou a procurar desesperadamente alguma coisa mais concreta, alguém que pensassem minimamente como ele. Tinha de ter certeza que não estava enlouquecendo e ter um registro histórico seria o suficiente para que isso se provasse verdade. Foi quando ele partiu para os livros. Obras e mais obras, contemporâneas e antigas, de teologia a física nuclear e quântica. Todas elas possuíam fragmentos da verdade, todas tinham os resquícios daquilo que ele procurava, uma espécie de enigma que fora dividido na mente de inúmeras pessoas através do tempo. E a cada página lida ele se convencia que ele era o único ser vivente em toda a história que conseguia ver os indícios das escritas. "As sombras" "A cidade antes das cidades" "A ganância do regente" "Os homens das trevas" "Os vasculhadores de estrelas" "A explosão furiosa do guerreiro magoado" Era como ver um filme que se tornava turvo a medida que o tempo passava e as capacidades de registro humano evoluíam. "Eu não posso me dar ao luxo de esquecer nada!" Tendo isso em mente ele passou a escrever todas as conclusões. Todo o saber que ele decodificou pelos anos passou a ser registrado em seu único lugar seguro, um lugar onde ele sabia que nenhum ser humano se atreveria a pisar, não enquanto ele estivesse ali para defendê-lo. Após dias de trabalho intenso suas mãos cansaram de escrever, foi aí que, em seu desespero por registrar o que havia descoberto, ele usou os pés. E quando seus pés cansaram ele percebeu que não mais precisava de esforço físico para armazenar o saber descoberto, sua mente se encarregava de fazer as palavras surgirem a sua frente. Paredes, chão, teto. Tudo foi preenchido pelas sentenças claras em sua língua mãe para que qualquer um à sua volta pudessem usufruir. "Agora todos saberão tudo de vocês. [...]

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O observador solitário

Sun, 26 Apr 2020 17:24:33 GMT

E se você, certo dia acordasse e percebesse que, aquilo pelo que você tanto se empenhou em construir, finalmente está pronto? E se soubesse que você foi o responsável pela maior criação tecnológica de sua espécie? E se você não se sentisse feliz com isso? E se você tivesse construído tal aparato apenas para salvar seus semelhantes de se auto aniquilar? Eu sou a resposta para todas as questões levantadas anteriormente. Não sei se essa mensagem chegará de alguma forma a alguém, mas se acontecer eu a verei ser recebida, assim como vejo tudo.[...]

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Sorria sempre!

Sun, 26 Apr 2020 17:20:51 GMT

O fim de semana para muitas pessoas é um descanso, mas isso não é uma unanimidade. Em todos os lugares e setores existem aqueles que se veem mais atarefados justamente nesses dois dias. Um bom exemplo disso são os profissionais das ligações, os famosos atendentes. Para muitos não existe fim de semana, seus horários têm de ser diferentes, do contrário os clientes não conseguiram ligar para reclamar que seus celulares que não ligam por estarem descarregados. — Tá acabando, graças a Deus. Naquele momento o relógio batia as três horas da tarde de um sábado, o atendente, conhecido por todos como Ezequiel, esticava-se em sua cadeira. A partir daquela hora nenhuma ligação poderia aparecer mais, ao menos era isso que ele imaginava. — Ah, não cara! Que desgraça! Levantou-se de sua cadeira e olhou em volta, sabia que algum colega de outro setor o transferiu aquela ligação de propósito para se livrar do cliente. Se pudesse teria arrancado os olhos do responsável pela astúria, mas o cliente estava a sua espera e ele não iria derrubá-lo ou transferi-lo. — Ezequiel boa tarde com quem eu falo? — Perguntou controlando-se para não descarregar a ira em quem não deveria. Vinte e dois minutos mais tarde a chamada se encerrava, os colegas de Ezequiel já haviam ido embora e só havia sobrado ele na central inteira. Normalmente ele teria recolhido suas coisas e saído porta a fora enfurecido com aquela sacanagem sofrida, mas por alguma razão ele simplesmente deixou para lá. Calmamente ele foi até o banheiro lavar o rosto e retirar todo o resquício de stress que sua expressão ainda apresentava. Aquele ritual de lavagem facial o refrescava e levava embora pelo ralo todos dos xingamentos que ele recebera no dia. Observar os itens dispostos ali dentro era outra maneira de apagar tudo de ruim que ele acumulara; papeis bem posicionados pia de granito bem seca e limpa, sabonetes cheios e espelho impecável. O atendente sempre percebera que aquele banheiro era bem cuidado, no entanto jamais viu a pessoa responsável por aquilo. Não até aquele momento. [...]

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Matagal da amnésia

Sun, 26 Apr 2020 17:14:18 GMT

Freya Richard, vinte e oito anos de idade, estuda educação física em uma universidade federal prestigiada. O primeiro contato que eu e essa garota tivemos foi a cerca de seis meses através de um e-mail, ela dizia que sentia como se parte de seu passado tivesse sido apagado, além disso, sempre que tentava se recordar do que poderia ser este "espaço" em sua memória algumas imagens desconexas apareciam. A senhora Richard decidiu procurar meu trabalho após buscar inúmeros profissionais da área psicológica e psiquiátrica. Sinceramente eu não a culpo, também ficaria temeroso de procurar um hipnólogo, ainda mais um com costumes esotéricos tão peculiares quanto os meus. Apenas para se ter noção, meu consultório possui inúmeros símbolos energéticos, suas origens são das mais distintas possíveis sendo: celta, islâmica, maia, grega e cristã apenas os mais comuns e fáceis de reconhecer. A primeira vez que a garota veio ao meu consultório pude ver o nervosismo em seu rosto. Suas feições eram equivalentes a alguém que adentra uma caverna rústica rodeada de sombras aterrorizantes. Porém, depois que lhe ofereci um refrigerante de lata e a senha do wifi, a mesma viu que eu não era tão selvagem quanto ela pensava. Marcamos três sessões de hipnose, sendo que o primeiro dia nenhum procedimento pôde ser executado.[...]

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O devorador de fadas

Sun, 26 Apr 2020 17:07:03 GMT

Silencio. A floresta escura se aquietou completamente ante a presença de um ser sombrio, sua energia vital teria feito com que todas as plantas, insetos e demais formas de vida perecessem. Mas aquele lugar todo era revestido de uma magia de preservação, o que impedia que qualquer agente externo maligno causasse qualquer tipo de dano. O zunido de uma flecha cortou o espaço entre as árvores fazendo com que os pequenos animais se escondessem. Uma coruja, ao perceber que a árvore onde repousava foi acertada, bateu suas asas em retirada. Poucos instantes depois, no mesmo galho abandonado pela ave, um ser pequeno de olhos grandes se posicionou. Ele carregava consigo um arco dourado fosco e encarava com satisfação a seta brilhante cravada na madeira. — Eu vou jantar, eu vou jantar. Eu vou sim! Segurando a arma com os dentes podres ele se prendeu no tronco. Comemorando a própria sorte ele cantarolava as palavras anteriores a medida que descia até a flecha. — Ou, que azar você tem hehehehehe E com uma única puxada desencravou o projétil brilhante. A maioria dos seres que ali viviam não conseguiriam ver, mas na ponta daquela seta uma forma de vida translúcida agonizava. Aquela era uma fada, uma personificação da magia empregada naquela floresta densa e que, dois segundos depois, foi totalmente engolida por aquele goblin sombrio. — Delicioso. Voltando para o alto da árvore, o diminuto começou a olhar em volta. Ele não estava com fome realmente até porque sua espécie não se alimentava de fadas, na realidade seus semelhantes nem sequer podiam vê-las. [...]

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A garota do parque

Sun, 26 Apr 2020 16:56:28 GMT

Dez e quarenta e cinco da manhã... Ulisses está em uma das mais de dez filas de pessoas em seu entorno. Todos ali esperavam a quase cinquenta minutos a abertura dos portões metálicos, por esse motivo os funcionários sabiam que aquele seria um logo dia de trabalho. Dez e cinquenta Ulisses escuta os alto falantes da entrada ressoando uma música, uma espécie de hino. Os funcionários cantam a música com entusiasmo ao mesmo tempo que iniciam o processo de abertura das portas. Nesse momento, o rapaz de corpo esguio, vê uma garota diferente do padrão de visitantes. Aquele parque de diversões era um lugar que se auto intitulava "O país da felicidade" E para quase todos os visitantes ele de fato era. Mas existiam aqueles que sabiam que o lugar estava para falir e desejavam ver o fechamento de suas portas pessoalmente. Esse segundo tipo não sorria tanto, não ficava empolgado e tudo que transmitiam, mesmo aproveitando o lugar, era um sentimento de pena. Aquela garota de olhos puxados provavelmente já teve seu tempo de felicidade ali dentro, mas Ulisses via sua energia solitária, como se estivesse atolada em uma angustia infinita. Ele teria saído da fila para abraçá-la, mas já eram dez e cinquenta e cinco e todos começavam a entrar. Uma vez transposta a barreira das catracas, todos os visitantes corriam em direção a entrada da montanha russa, a fama dizia que sua velocidade era tamanha que muitos sentiam como se deixassem o próprio corpo por um breve instante. Ulisses chegara ali preparado para correr e não ter de enfrentar uma fila de horas, porém a visão daquela garota o fez desistir e por isso, assim que entrou, foi calmamente até outro brinquedo, um mais antigo e que ninguém se interessava.

A garota do parque

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O dia mais feliz de uma vida

Sun, 26 Apr 2020 16:50:19 GMT

O dia mais feliz de uma vida Um garotinho de corpo magro desperta em uma manhã fria de inverno, seu corpo encontrava-se todo encolhido e, ao espreguiçar-se, sentiu os olho lacrimejarem. Olhando para um relógio na parede, o pequeno garoto franzino saltou de sua cama e pisou com os pés descalços no chão gelado. O choque térmico o fez sentir um calafrio que o tremelicou de cima a baixo, isso além do queixo, que também tremulava de frio. Sem fazer barulho ele puxou o cobertor de sua cama, usou-o para cobrir os ombros e saiu o arrastando pela casa. Ainda eram seis e quarenta da manhã e, embora ele não visse, o céu ainda encontrava-se alaranjado devido o alvorecer. Com o cobertor nas costas ele foi até a geladeira, apanhou uma caixa de leite, encheu um copo médio que encontrou sob a mesa, guardou alguns biscoitos caseiros nos bolsos e sentou-se no tapete que ficava de frente a televisão. Silencioso, ele passou a comer as bolachas enquanto encarava a tv desligada com seus grandes olhos castanhos. Enquanto se alimentava as migalhas caiam em seu cobertor ficando presas na trama dos fios, porém ele não se importava pois mais tarde ele mesmo acabaria limpando aquela manta. Depois de tomar todo o leite ele apoiou uma cadeira na pia, subiu na mesma e lavou o próprio copo. Suas mãos ficaram geladas devido a água fria, porém o cobertor impediu que seu corpo sentisse maiores efeitos vindos do inverno. O garotinho olhou para o relógio e notou que faltavam cinco minutos para às sete da manhã, nisso seu pequeno coração acelerou; ele calculara mau o tempo de seu lanche matinal e o que ele planejara fazer poderia não estar completo na hora certa. Rapidamente ele saltou da cadeira, abriu o armário, pegou um copo, um prato de vidro, dois talheres e posicionou tudo em cima da mesa redonda. Com as pequenas mãos ele cortou um pão, passou margarina e voltou para o tapete com sua manta sob o corpo. O relógio de ponteiro bateu as sete da manhã e um som de despertador começou a tocar no quarto de seus pais. Dois minutos depois sua mãe aparecia no cômodo que era ao mesmo tempo sala e cozinha. Toda descabelada e com os olhos quase fechados, a mãe viu seu pequeno garoto sentado de frente para a televisão assistindo um canal que passava apenas desenhos animados. A mulher sabia que ele estaria ali, pois a programação se iniciava às sete da manhã e ele jamais perdia nenhum programa, entretanto, o que ela não imaginava, era que a mesa estava toda preparada para que ela tomasse café. A mãe sorriu e encarou o filho, porém este estava vidrado na tela e não percebeu. Normalmente ela teria reclamado por ele estar tão próximo ao televisor, porém aquele pequeno ato a fez deixar para lá, seu coração encontrava-se completamente envolto em felicidade e seus problemas haviam desaparecido por completo. Os olhos brilhantes de um garoto inocente que preparou uma mesa, mas que não sabia fazer um café quente… Aquela imagem não sairia da mente daquela mulher até o último dia de sua vida. Mesmo depois que aquele garotinho deixou de ser inocente e até mesmo aprendeu a fazer café, ela ainda o via da mesma forma. Uma criança que adorava acordar cedo para ver desenhos durante o dia todo. Mesmo quando ele se fora de sua casa e enfrentou o mundo frio como aquele dia de inverno, ela ainda o viu como seu garotinho. Aquele gesto inocente de amor foi o suficiente para fazê-la marcar aquele dia em sua mente como sendo o dia mais feliz de sua vida.

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O beco

Sun, 26 Apr 2020 16:18:45 GMT

O beco


Um beco... Um beco sujo com degraus de concreto mal conservado. Aquele lugar, que a muito já havia sido uma travessia suntuosa, hoje já não possuía nenhum glamour. Algumas portas existiam por sua extensão, por trás delas moradores singelos viviam suas vidas castigadas pela rotina maçante. Mas ali, naquele beco com valetas, poeira e esporádicos ratos, existiam crianças. Crianças risonhas e agitadas que brincavam nas escadas. As meninas, todas bem vaidosas, costumavam trazer suas bonecas de casa e simular vidas melhores e divertidas com as amigas. Pensavam em ir ao shopping, comprar belas roupas e se divertir em um simples passeio. Os garotos, mais desbravadores é muito menos criativos que as meninas, subiam e desciam procurando pedregulhos para forjar castelos. Eram tempos de férias o que faziam seus dias serem bem mais longos que o restante do ano, acordavam cedo e dormiam tarde da noite devido energia acumulada em seus pequenos corpos. Mas os pais não estavam descansando. Todos eles, sem exceção, desciam diariamente o beco para trabalhar na cidade que ficava lá em baixo. [...]


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Esperança

Sun, 26 Apr 2020 16:10:45 GMT

Esperança

Quem eu sou não faz mais diferença. Depois que perdi a Esperança nada mais me importa, tudo perdeu a cor, tudo se tornou falso como se eu estivesse preso ao inferno mesmo em vida. Agora me vejo com a faca nas mãos sem ter controle de meu corpo, o fio de sangue escorrendo pela minha face indica que fui ferido no confronto rápido, sim, eu sou o algoz e a vítima e uma mulher extremamente bela de fios negros e lábios carnudos.[...]



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Café da noite

Sun, 26 Apr 2020 15:53:22 GMT

Que sono... Eu nunca gostei de viajar para outros países, principalmente aqueles cujo clima é bem distinto do local onde nasci. Qualquer mudança, seja ela abrupta ou mesmo gradativa, afeta minha saúde e, consequentemente, põe em risco todo meu país. No geral é possível realizar meu trabalho de maneira remota, todavia, aquela tarefa não seria corriqueira, por isso, e infelizmente, tinha de estar presencialmente no país onde minha atenção deveria estar focada. Não se preocupe, antes que o questionamento surja deixe-me aplaca-lo de sua mente. Eu sou um investigador a serviço da coroa britânica, ou melhor dizendo, eu sou "o investigador" a serviço da coroa britânica. E estou nesse país para realizar aquela que pode ser a missão mais importante da minha vida; encontrar, e capturar, o assassino de aluguel mais perigoso do planeta terra. Não discorrerei muito acerca deste sujeito, por hora basta você saber que o mundo se divide quando o assunto é ele; alguns o chamam de herói, outros de terrorista. Eu, por outro lado, o vejo como alguém que tem uma visão ligeiramente deturpada do que é a justiça. Existem muitos fatores e pessoas que devem ser levados em conta nesse caso; políticos, grandes empresários, pessoas próximas a mim etc... Ainda há muita coisa a ser preparada antes que os primeiros passos em direção ao meu alvo, possam ser dados. Inclusive eu poderia começar agora. Mas... Eu estou com sono. Não faz muito tempo que desembarquei nesse país, na realidade estou com a mesma roupa com a qual cheguei. Durmo apenas uma hora e vinte e cinco minutos por dia, descanso esse que deveria ter sido iniciado a vinte e sete minutos atrás. E eu estou com sono. Uma das coisas que me fazem sentir muita raiva de viajar é o famoso jet leg, aquela sensação maldita de sonolência que sentimos ao passarmos de um fuso horário para outro. Uma pessoa deveria ter me encontrado em um local estratégico e eu deveria estar dormindo em seu carro agora, mas ela se atrasou. Por isso estou aqui, tomando um frapuccino em uma cafeteria que tem origem inglesa. Preciso me manter acordado até que meu contato/carona chegue até esse shopping. Um café da noite... Pode parecer estranho pensar que pessoas iriam a um café em plenas vinte horas, todavia, esse lugar está relativamente cheio. Pessoas entram, pessoas saem... Todas elas com seus caminhos e objetivos próprios a serem seguidos. Eu bocejo e sinto que meu corpo precisa descansar, assim sendo eu me acomodo em uma mesa, cuja apenas uma cadeira existe, e passo a sorver goles lerdos da bebida açucarada e aguada que foi comprada por um preço que julgo ser demasiadamente alto para os padrões desse país. Cinco minutos se passam e alguns dos clientes da cafeteria, ao menos o sque me precederam, já se retiraram, entretanto percebo que, em uma mesa bem em frente à minha, uma mulher esperava pacientemente algo, ou alguém. É, eu não posso evitar... Sempre que quero me distrair eu observo as pessoas, julgo ser uma forma de terapia barata que também serve de treino para meu ofício de investigador. Você pode até achar que não, você pode até imaginar que é loucura da minha mente, mas não é... Todas as pessoas têm algo a contar, mesmo que não digam nada.

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Vinte e um anos de diversão

Sun, 26 Apr 2020 15:44:39 GMT

Vinte e um anos... Em vinte e um anos muitas coisas podem acontecer; regimes podem cair, impérios podem desmoronar, alianças podem se fortalecer. Isso sem contar os acontecimentos nas vidas de maneira individual. Leia a história completa em : 

https://www.wattpad.com/539254649

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O despertar

Sun, 26 Apr 2020 15:00:00 GMT

Despertar Um som líquido em meio ao vazio te faz abrir os olhos. A sensação é a mesma que despertar de um pequeno cochilo de almoço, o corpo sente um susto brusco que te faz respirar rapidamente e sentir o coração batendo rápido dentro aquilo que você sempre considerou como seu peito. Você não sabe exatamente o que é aquilo que respira, não parece ser oxigênio, mas sim algo ligeiramente mais espesso e de aroma adocicado. Seus olhos se abrem e você enxerga algo que sua mente interpreta como o céu, porém, diferente de todas as vezes que você ergueu os olhos, ali não existem nuvens, sol ou uma lua para serem contemplados. No lugar de tudo que lhe é comum, uma vastidão infinita de estrelas e manchas luminosas que mais parecem leite derramado sobre um piso escuro aparece. Seu corpo balança levemente e você nota que está com as costas pousadas em uma espécie de piso feito de um pano cinzento. Ainda imóvel e com a visão focada para o alto, você nota que as estrelas brilhantes e nebulosas de cores vivas estão se movendo devagar, se você não fosse tão perspicaz certamente não as veria passeando pelo infinito escuro do céu. A beleza daquele balé interestelar é tamanha que lhe hipnotiza e lhe faz querer erguer os braços e ir de encontro às luzes celestes. Novamente o som líquido lhe soa naquilo que sempre considerou como sendo seus ouvidos, nessa hora você levanta seu corpo colocando-o sentado. Sua atenção é tomada por outra coisa peculiar, só que, diferente das estrelas longínquas acima daquilo que você sempre considerou como sua cabeça, esta encontra-se ao seu lado. Encostando-se à sua perna, uma figura inocente é embalada pelo sonhos, o pequeno bebê aparenta estar completamente encharcado, entretanto, este não sente frio ou mesmo se incomoda com seu estado. O pequeno usa uma roupinha simples de pano que cobre apenas as partes íntimas e, onde deveria ser aquilo que você sempre considerou como umbigo, está um cordão umbilical partido. A estranheza lhe surge e antes de se afastar daquele ser, outro toque é sentido por aquilo que sempre foi considerado como sua pele. Desta vez o que ativa seu tato não é uma sensação úmida, mas sim a textura de pelos crespos. Ao encarar a figura você percebe que é um homem cuja idade aparenta ser bastante avançada. Ele também dorme profundamente e sua atenção logo nota certa dificuldade na respiração daquele sujeito, seu pulmão parece não se encher completamente o que o força a respirar mais vezes e em menor tempo. Com certa estranheza você se levanta completamente, ao fazê-lo outras pessoas lhe aparecem em estado de repouso contínuo. Cautelosamente, aquilo que sempre lhe foi considerado como pés, começa a se mover. Os espaços são curtos mas aos poucos seu caminho vai se tornando menos tortuoso. A medida que caminha a sola dos seus pés descalços sentem como se estivessem pisando em um solo aquoso e morno. Entre uma passada e outra você repara alguns picos circundando todo o lugar por onde caminha, no centro desse grande espaço circular existe uma espécie de torre com uma escada vertical que leva até o topo. Sua curiosidade lhe faz seguir adiante sem temer a altura alcançada. E a recompensa pela audácia logo lhe é dada. Acima dos imensos montes cujo topo é arredondado você enxerga algo magnífico... Um oceano de vastidão infindável cujas águas possuem inúmeras cores lhe aparece, estas refletem o que está acima com uma nitidez perfeita. Céu e mar não possuem divisão o que faz parecer que o infinito do universo acima está em todo os cantos, mas você sabe diferenciá-los devido aos movimentos sutis das ondas a sua volta. A sua esquerda você nota o mesmo barulho líquido que te trouxe até aquela realidade, mais que isso, é possível ver que uma ondulação localizada aparece. É como se uma pedra tivesse acabado de afundar naquele lugar. 


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